O poeta Edvaldo Bronzeado é filiado a União Brasileira de Escritores e ao Grupo Literário Celina de Holanda.
Tem publicados: MEMBI Flauta de Ossos, A mão e a pedra, Sacola de Poesia, alem de participações em diversas antologias.
O jeito peculiar com que recita os seus versos pode modificar o homor das platéias, tornando-o um dos mais aclamados poetas pernambucanos.
"Como escrevo muito e de forma muito versátil, há um ou outro poema que lembra o jeito de algum literato casacudo. Às vezes eu mesmo reconheço a semelhança: a letra do samba MEIA LÁGRIMA é a cara de Noel. Tanto melhor. Chega-te aos bons e serás um deles, diz o saber do povo." (Edvaldo Bronzeado)
Um pouco de sua obra:
BOCA DA NOITE
Era uma palmeira assobiando ao vento,
Leda, balançando ninhos de canários.
Era da capela o bronze centenário
Embalando o sol vermelho, sonolento.
Era uma mangueira. Era uma cantiga
E uma cigarra, um mugido, um grito.
Era um violão chorando um choro aflito
E um cantochão, uma novena antiga.
Uma monjopina no balcão da venda;
E um caçador multiplicando os feitos.
Uma conversa, um gol, um par de peitos
E uma tocáia, um plano, uma contenda.
Um morcego pendurado à telha;
Uma dona esguelha um gajo na esquina.
No sermão o padre tudo recrimina
E ainda um cheiro de jabá na grelha.
Fico triste porque não vejo na propaganda oficial da prefeitura nenhuma referência ao trabalho tão belo e importante que vocês fazem aí na BPA. Parabéns ao bronzeado que, sem querer compará-lo, é pre mim o o Patativa do Nordeste, ainda remanescente e representante da poesia da Terra com seus tons e matizes. É muito bom o cabra. Tenho prazer de ouvi-lo.
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