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Os livros abaixo já fazem parte do acervo da Biblioteca:
Pernambucânia, o que há nos nomes das nossas cidades - Homero Fonseca |
"Esse mosaico de nomes, visto numa perspectiva temporal e espacial, forma um discurso de onde se podem extrair valiosas informações nos campos geográfico, histórico, social, linguístico, antropológico, psicológico, político, ideológico. Um discurso revelador de aspectos interessantes, se bem que fulgazes e ambíguos, da própria formação do caráter do habitante desses Brasis brasileiros.
Nesse sentido, nossa toponímia municipal mereceria muito maior atenção dos pesquisadores e estudiosos.
De certa forma e até certo ponto, ela constitui uma metáfora do próprio país.
***
Um olhar detido sobre os nomes dos 184 municípios pernambucanos, mais o trerritório estadual de Fernando de Noronha, revela uma como que contenção, uma austeridade involuntária talvez, uma tendência somítica a negar reverências, um pudor do grandiloquente.
Não há quase o pitoresco na nominata de nossas cidades, excetuando-se, talvez, se formos rigorosos, aqueles neologismos e traduções tupínicas."
Vida bem vivida - Nena Pacheco |
"Nena Pacheco nasceu no Distrito Eco-Turístico de Fazenda Nova, no Município de Brejo da Madre de Deus, agreste Pernambucano, onde seus pais, Plínio e Diva Pacheco, edificaram um sonho e construíram o maior teatro ao ar livre do mundo: Nova Jerusalém.
Reconhecidamente um das maiores produtoras de eventos do país, realizou trabalhos como: o Espetáculo da Paixão de Cristo em Nova Jeruzalém, o Festival de Inverno de Garanhuns, a Missa do Vaqueiro, entre outros.
Nena Pacheco desempenhou ainda funções e cargos de chefia na Empetur, foi assessora parlamentar no Congresso Nacional e Secretária de Turismodos municípios de Gravatá e Jataúba. Atualmente, Nena é Coordenadora de Projetos da Gerência de Proteção Participativa ao Cidadão da Secretaria de Defesa Social.
Neste livro, Nena, como gosta de ser chamada, relata muitas de suas experiências e conta-nos um pouco de sua vida em nuances dos mais interessantes."
Cap PM Alexandre Gomes
Transgressão em 3 atos, nos abismos do vivencial - Alexandre Figueirôa, Cláudio Bezerra e Stella Maris Saldanha |
"O vivencial, entre os grupos teatrais pernambucanos nascidos na década de 1970, pode ser considerado o mais transgressor das normas estabelecidas, no que diz respeito à cena local. De postura anárquica, o Vivencial usava a linguagem teatral para provocar o regime militar e o autoritarismo político e moral imposto no país.
Também acompanhou as tendências e os movimentos culturais ocorridos no Brasil no período, e em seus espetáculos e textos, incluídos nos programas das peças que representava, os integrantes do grupo buscavam estabelecer relações com as vanguardas artísticas tanto nas artes cênicas como na literatura, na música e nas artes plásticas."
"O mestre do teatro russo, Satanislavski, diz que existem dois tipos de peças. o primeiro tipo é aquele que nos espanta e mobiliza num primeiro momento, mas que, ao chegarmos em casa, esquecemos seu tema e até o seu nome. Por outro lado, diz ele, existem peças tão intrigantes e pertubadoras que nos acompanharão por mais tempo, uma semana, um mês, quem sabe uma vida. Alguns livros são assim, colam-se no leitor, não o largam, incomodam. E é nessa categoria que as filhas de lilith, de Cida Pedrosa, nos encontra.
Poderia falar desse livro como de um livro de poemas. Ou como de uma coletânea de contos, já que trama, enredo e personagens bem cabem nesse gênero. Poderia também falar dele como de um dicionário. Ou como de um martirológo. No entanto, já que se fez desde o início uma referência ao teatro, se o levarmos ao palco, iluminando suas cenas, pontuando com uma atuação impecável seus pequenos grandes dramas, apresentando à platéia sua trilha sonora tensa e dolorida como um moto contínuo, compreenderemos que as filhas de lilith é a soma de tudo isso e mais uma compreensão do feminino e do que é ser mulher.
É um caminho espinhoso o que a autora escolheu. De fato, no século pós-tudo em que vivemos, dar voz e poesia a mulheres à beira do abismo (como são Angélica, Elisa, Khady e Melissa, para citar algumas) parece uma temeridade pois é muito fácil cair no panfletarismo ou pieguice. E, infelizmente, vive-se ainda tempos em que se rotula a poesia feita por mulheres como "poesia feminina", como se todos os temas não pertencessem à Poesia, como se, realmente, isso fosse uma questão de gênero, raça, orientação sexual etc. No entanto, Cida faz seu percurso com a segurança de um observador muito bem orientado. Suas mulheres não são, de modo algum, caricaturas, decalques da realidade.
Essas mulheres transpiram. Sangram. Fazem sangrar.Nesse sentido, podemos até chama-las de mulheres-objeto. Não no sentido usual e depreciativo do termo, mas que à maneira de facas, lâminas, cutelos, essas mulheres cortam e nos aproximam dos nervos e ossos por baixo de toda superfície. Nos aproximam de nós mesmos, homens ou mulheres. Nos aproximam da nossa alma."
As filhas de lilith - Cida Pedrosa |
Poderia falar desse livro como de um livro de poemas. Ou como de uma coletânea de contos, já que trama, enredo e personagens bem cabem nesse gênero. Poderia também falar dele como de um dicionário. Ou como de um martirológo. No entanto, já que se fez desde o início uma referência ao teatro, se o levarmos ao palco, iluminando suas cenas, pontuando com uma atuação impecável seus pequenos grandes dramas, apresentando à platéia sua trilha sonora tensa e dolorida como um moto contínuo, compreenderemos que as filhas de lilith é a soma de tudo isso e mais uma compreensão do feminino e do que é ser mulher.
É um caminho espinhoso o que a autora escolheu. De fato, no século pós-tudo em que vivemos, dar voz e poesia a mulheres à beira do abismo (como são Angélica, Elisa, Khady e Melissa, para citar algumas) parece uma temeridade pois é muito fácil cair no panfletarismo ou pieguice. E, infelizmente, vive-se ainda tempos em que se rotula a poesia feita por mulheres como "poesia feminina", como se todos os temas não pertencessem à Poesia, como se, realmente, isso fosse uma questão de gênero, raça, orientação sexual etc. No entanto, Cida faz seu percurso com a segurança de um observador muito bem orientado. Suas mulheres não são, de modo algum, caricaturas, decalques da realidade.
Essas mulheres transpiram. Sangram. Fazem sangrar.Nesse sentido, podemos até chama-las de mulheres-objeto. Não no sentido usual e depreciativo do termo, mas que à maneira de facas, lâminas, cutelos, essas mulheres cortam e nos aproximam dos nervos e ossos por baixo de toda superfície. Nos aproximam de nós mesmos, homens ou mulheres. Nos aproximam da nossa alma."
Micheliny Verunschk - primavera de 2008
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